sábado, 26 de abril de 2008

CONSIDERAÇÕES COLABORATIVAS À REDE UNIPERIFERIA

Olá pessoas que fazem a diferença, tudo Deleuze e Nietzstchêdamente. Venho aqui colocar algumas considerações que andei escrevendo nestes últimos tempos nesta andada de constituição da rede Uniperiferia, coisas que não sei ao certo se me orientam ou desorientam, mas, podem colaborar penso, nas nossas reflexões.

Penso que precisamos realizar uma análise mais crítica dos sistemas de saber e das práticas discursivas no nosso exercício do poder nas comunidades de periferia ao qual estamos em conexão. Até que ponto não estamos fortalecendo a constituição de uma Identidade / território de Periferia, e assim uma dicotomia / dualismo CENTRO E PERIFERIA, BOM E MAU, ESQUERDA E DIREITA, CERTO E ERRADO, HOMEN E MULHER, (...).

Análise crítica que procure estar não como receita ou um método a seguir, mas ferramenta para problematizar a hierarquia dos saberes e das relações de poder que trabalham incansavelmente para “Sujeitar” os indivíduos a uma verdade inquestionável de mundo. Análise Critica ao saber científico como verdade absoluta, uma crítica à paradigmas rígidos que se expressam pelos efeitos do poder. Análise crítica da Rede Uniperiferia, CUFA, Curso de Observador@s Sociais, Agentes de Desenvolvimento Local, Observatório Franco Brasileiro de Periferia, (...), para que possamos estar ajustando ou conectando as vontades afins (que viemos demonstrando na articulação da Rede Uniperiferia e suas inter-relações), para dar potência as diversas ações que ocorrem nos vários espaços que pertencemos e tempos que atuamos.

Aqui já faço minha colaboração deixando um esboço crítico inícial a nós: Rede Uniperiferia e suas Interconexões. Penso que nossa ação deve se situar na análise crítica / na problematização dos sistemas de saber (hierarquização do discurso) que constitui “o científico, o sujeito, a identidade, a periferia”. Poderia me arriscar dizer que esta problematização é um dos componentes mais importante a ser considerado, a ferramenta capaz de fazer pensar criticamente a REDE UNIPERIFERIA, o OBSERVATÓRIO DA PERIFERIA, o MUNDO, (...).

Outro componente importante para estas considerações é problematizar os saberes “comuns” em relação aos saberes científicos, analisar criticamente como o discurso científico localmente se impõe como verdadeiro? Que mecanismos de poder sustentam estas relações? Como os indivíduos constituem-se como sujeitos de periferia?

Talvez pensar em colocar os saberes “desqualificados / comuns” como os nossos saberes da Rede Uniperiferia, CUFA, Observador@s Sociais, Agentes de Desenvolvimento Local, Observatório Internacional da Periferia,(...), não como uma prática discursiva de fortalecimento de um território de e na Periferia contra o Centro e preparando-se para a tomada do centro, dentro de um dualismo CENTRO E PERIFERIA, BOM E MAU, ESQUERDA E DIREITA, CERTO E ERRADO, HOMEM E MULHER, (...), mas uma prática discursiva transdualística, atuante, responsável e que efetivamente possa provocar uma mudança radical no sistema de valores e práticas da sociedade moderna em que vivemos, principalmente nos locais onte moramos, articulamos e atuamos.

Nos encontramos em maio para mais conversações presenciais sobre a Vontade de Rede Uniperiferia.

Inté Muchach@s.


HERBERTO BETINHO COORDENADOR ORGANIZACIONAL ONG AMIZ

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